quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Epifania do Senhor

A liturgia deste dia recorda-nos a manifestação de Deus aos homens.

A primeira leitura (Is 60, 1-6) apresenta Jerusalém como a cidade iluminada pelo Nascimento de Jesus, atraindo a si todos os povos mergulhados na noite do pecado. Reunindo todos os homens, Jerusalém é também o instrumento de união com Deus.

Na segunda leitura (Ef 3, 2-3a.5-6) São Paulo vai de encontro ao universalismo de Isaías, mas estende-o a toda a humanidade, não se limitando aos filhos de Israel. Todos são chamados para este projecto de unidade e amor!

O Evangelho (Mt 2, 1-12) sublinha a universalidade da mensagem cristã, contando o primeiro encontro do mundo pagão com o Salvador. Mostra a boa vontade dos magos que, atentos aos sinais dos tempos, se dispõem a correr a aventura da fé, em oposição ao orgulho e cegueira de Herodes.

A Epifania é o complemento do Natal. O Natal celebra Deus, que se esconde e humilha, ao assumir a nossa natureza para nos salvar. A Epifania celebra Deus, numa manifestação enquanto Rei Universal, exaltando a glória divina.

Um Feliz 2010

Happy New Year myspace comments

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sagrada Família

A liturgia deste dia, ainda num clima de Natal, honra a Sagrada Família de Jesus, Maria e José.

A primeira leitura (Sir 3, 3-7.14-17a) descreve alguns dos valores-base na vida familiar, que se deve alicerçar num amor feito de respeito, dedicação, serviço e auxílio, numa atitude que engrandece o Senhor.

Na segunda leitura (Col 3, 12-21) a família é apresentada como uma célula do Corpo de Cristo, onde deve reinar a unidade e a harmonia. Pela paciência e pelo perdão, a família vencerá os conflitos que surgem, estendendo a paz de Cristo sobre si mesma.

O Evangelho (Lc 2, 41-52) conta um episódio da Família de Nazaré, sempre aberta a cumprir os desígnios do Senhor. Nesta altura, pelos 12 anos, Jesus interpreta a Sagrada Escritura perante os doutores da lei, numa atitude de independência que manifesta o amor para com a vontade do Pai.

Apesar da transformação profunda que as famílias do nosso tempo estão a sofrer, seria bom que cada lar encontrasse na Sagrada Família a inspiração para continuar a modelar os homens à imagem de Cristo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nascimento de Jesus

Naqueles dias, saiu um édito da parte do imperador Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra - este primeiro recenseamento ocorreu quando Quirino era governador da Síria. E cada um tinha de ir recensear-se à sua cidade de origem.
Também José deixou a cidade de Nazaré, na Galileia, subindo até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, pois pertencia à casa e à descendência de David. Ia recensear-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Ora, encontrando-se ali, chegaram os dias em que devia dar à luz e teve o seu filho primogénito. Envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura, pois não havia para eles lugar na hospedaria.
Pelos arredores havia pastores que pasavam a noite nos campos a guardar os seus rebanhos. O anjo do Senhor aproximou-se e a glória do Senhor envolveu-os na sua luz. Encheram-se de temor mas o anjo disse-lhes: «Não temais, pois venho anunciar-vos uma boa notícia, uma grande alegria para todo o povo: Hoje nasceu-vos um Salvador, na cidade de David. Ele é o Messias, o Senhor. E eis o sinal que vos é dado: encontrareis um recém-nascido envolto em panos e deitado numa manjedoura.» Subitamente, juntou-se ao anjo um inumerável exército celeste que louvava a Deus dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.»
Quando os anjos deixaram os pastores e se retiraram para os céus, estes disseram entre si: «Vamos até Belém para ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.»
Partiram apressadamente e encontraram Maria e José com o menino deitado na manjedoura. Depois de o terem visto, relataram o que lhes tinha sido anunciado acerca daquele menino e todos se admiravam com o que eles diziam. Maria, entretanto, guardava todas estas coisas meditando-as no seu coração. Os pastores partiram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme o que lhes tinha sido anunciado. (Lc 2, 1-20)


Quarenta dias depois do seu nascimento, Jesus, como todos os primogénitos de Israel, foi apresentado no Templo de Jerusalém. Ali, um homem, Simeão, e uma mulher, Ana, reconheceram na criança o Enviado do Senhor. Voltamos a encontrar Jesus no Templo ao doze anos. Enche de espanto os especialistas religiosos, e também os seus pais, pela estreita relação que tem com Deus. Fala dele como de seu Pai. Jesus torna-se adulto e recebe o baptismo de João Baptista, que convida todos à conversão: «Preparai o caminho do Senhor!» Depois, retira-se durante quarenta dias para o desero, onde o demónio tenta, em vão, afastá-lo de seu Pai Deus.

Quando nasceu Jesus?
Os evangelhos não o dizem precisamente. No século VI, um monge, Denis le Petit, calculou a data e fez dela o ponto de partida do nosso calendário. Mas ele enganou-se! Com efeito, o evangelho de Mateu indica-nos que Jesus nasceu antes da morte do rei Herodes, o Grande, que aconteceu no ano -4. Hoje, a maior parte dos historiadores situam o nascimento de Jesus no ano -6.

O recenseamento:antes ou depois de Jesus?
Quando Augusto decidiu transformar a Judeia, a Idumeia e a Samaria numa província romana, teve necessidade de saber quantos habitantes tinham essas regiões. É nesta ocasião, no ano 6, que aconteceu o recenseamento, organizado com a ajuda de Quirino, enviado de Roma, e não por altura do nascimento de Jesus, doze anos mais cedo. O evangelista Lucas, que escrevia por volta do ano 85, estava mal informado.

Como explicar que o Salvador nasça na pobreza?
Os ricos e os poderosos vivem geralmente em belas casas. Os pobres têm que se contentar com habitações modestas ou miseráveis. Os discípulos, tendo vivido com Jesus, compreenderam que os pobres, pelo contrário, serão os primeiros no Reino de Deus que substituirá o mundo presente: «Felizes os pobres, porque deles é o reino dos céus.» Jesus é aquele que anuncia e abre este Reino de Deus. Não é, portanto, por acaso que ele nasce nos despojamento. Em todo o seu evangelho, Lucas é particularmente agressivo com os ricos, que permanecem indiferentes à miséria dos seus contemporâneos.

Mensagem do Pároco

Mensagem do Pároco

Em primeiro lugar quero felicitar a equipa que tomou a iniciativa de criar este “site” e o tem mantido com persistência, alegria e originalidade.

Habitualmente, falando-se de paróquia, conta-se que seja o pároco o primeiro desta equipa na criação e gestão. Aqui, não foi o caso. O pároco, talvez pela sua idade ou por estar de fora destas novas tecnologias, deixou-se atrasar e ainda não conseguiu recuperar. (No entanto, posso assegurar que fui dos primeiros a querer aderir a estas formas de comunicação. As exigências, talvez, do seu trabalho não lhe proporcionaram condições para o seu “arranque”!...)

Só tarde soube mesmo da existência deste "blog". Pasmem!... Gostei de saber da sua existência, que tem muitas “visitas” e se tornou um ponto de encontro e diálogo.

Aprecio a vossa dedicação e trabalho de equipa.

Procurarei também aparecer de vez em quando e “assinar o ponto”!...

Aproveito para dirigir a todos os meus paroquianos que têm crescido muito em número recentemente uma breve saudação! Os meus votos de Boas-Festas de Natal e que o Novo Ano que se aproxima nos faça encher os olhos e o coração de esperança na concretização dos nossos (vossos) sonhos!

Que Deus nos ajude a criar à nossa volta um clima de paz e confiança em todos os que se cruzam connosco nas complicações vias da vida.
Que suscite nos responsáveis pelo futuro da humanidade um sentido de responsabilidade pela manutenção da paz e segurança entre os homens. Que os mesmos se deixem de leviandades e perigosas aventuras no que diz respeito à Família e organização da Sociedade. Enfim, ganharem juízo e consciência das suas responsabilidades na orientação digna de quem se sabe Obra de Deus. Quando se pressentem nuvens carregadas no horizonte, não será demais pedir-lhes atenção aos sinais de trânsito para uma vida plena de dignidade.

Que a comemoração no Nascimento para a História do Emanuel – Deus – Connosco – seja para todos nós um sugestivo convite a fazer a caminhada até ao presépio e assegurar-nos de que o Mundo não é barco sem piloto!

Boas Festas e um abraço do P. Manuel

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal


A liturgia desta noite (conhecida por “Missa do Galo”) celebra o nascimento do Deus-Menino, Jesus Cristo, nosso Salvador.

Na primeira leitura (Is 9, 2-7) o profeta Isaías descreve a acção libertadora do Salvador, oito séculos antes do Seu nascimento: o Menino é descendente de David, mas é também o Filho de Deus, que vem para estabelecer um reino de justiça e de paz.

A segunda leitura (Tito 2, 11-14) descreve o Natal como manifestação da salvação. Mas, para beneficiarmos dela, é necessário que acolhamos o Salvador, vivendo em harmonia com as exigências da nova vida que Ele nos traz.

O Evangelho (Lc 2, 1-14) apresenta-nos o quadro do presépio, em Belém, com o anúncio do nascimento feito pelos anjos aos pastores, testemunhas do Amor de Deus, que nos oferece um Salvador, Cristo Senhor.

O grupo “Cantar em Sol Maior” deseja a todos um Feliz Natal, onde seja possível relembrar e reviver o nascimento de Jesus como um convite à alegria, uma lição de humildade e pobreza e um apelo de amor e paz.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Maria visita Isabel

Por aqueles dias, Maria apressou-se em ir a uma povoação nas montanhas da Judeia.

Entrou em casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança mexeu-se dentro dela.

Isabel ficou cheia do Espírito Santo e disse em voz alta:

«Abençoada és tu mais do que todas as mulheres e abençoado é o filho que de ti há-de nascer! Que grande honra para mim ser visitada pela mãe do meu Senhor! Mal ouvi a tua saudação, logo a criança que trago dentro de mim saltou de alegria. Feliz de ti que acreditaste, pois há-de acontecer tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» (Lc 1, 39-45)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Domingo IV do Advento

O tema principal desta semana é o anúncio da vinda de Jesus Cristo, feito a Maria.

A primeira leitura (Miq 5, 1-4a) completa a profecia de Isaías sobre o "Emanuel" (Deus connosco), anunciando o lugar do nascimento do Messias Salvador e descrevendo a Sua missão.

A segunda leitura (Hebr 10, 5-10) recorda que a entrada de Jesus no mundo está orientada para o drama da Cruz e o triunfo da Páscoa, tal como é da vontade do Pai.

No Evangelho (Lc 1, 39-45) Maria surge como a concretização do encontro de Deus com a humanidade. Ela é a mulher que assegura ao seu povo a vitória sobre o pecado e o mal. Este episódio relata a primeira "visita" do Senhor.

Azul é a cor escolhida para a vela que acendemos nesta quarta semana. Cor da tranquilidade, muitas vezes associada a Nossa Senhora, vem recordar o anúncio da vinda de Jesus Cristo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Pregação de João Baptista

O povo perguntava a João Baptista: «Que devemos então fazer?» E ele respondia: «O que tem duas camisas deve dar uma a quem não tem nenhuma, e o que tiver comida, reparta-a com os outros.»

Também lá foram cobradores de impostos para serem baptizados e perguntaram a João: «Mestre, que devemos nós fazer?» E ele respondeu: «Não cobrem mais do que vos mandaram.»

Houve também soldados que lhe perguntaram: «E nós, que devemos fazer?» João respondeu: «Não roubem a ninguém usando a força ou fazendo falsas acusações, mas contentem-se com o que ganham.»

O povo começou a suspeitar, e todos perguntavam a si próprios se João não seria o Messias. Mas ele explicou a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem tem mais autoridade do que eu, e a esse eu nem sequer mereço a honra de lhe desatar as correias das sandálias. Ele há-de baptizar-vos com o Espírito Santo e com fogo. Tem nas mãos a pá para separar, na eira, o trigo da palha. Guardará o trigo no seu celeiro e queimará a palha numa fogueira que não se apaga.»

Era com estas e outras exortações que João Baptista anunciava ao povo a Boa Nova. (Lc 3, 10-18)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Domingo III do Advento

O tema principal desta semana é o testemunho de fé dos cristãos.

A primeira leitura (Sof 3, 14-18a) é um convite à alegria, fundamentado na certeza de que Deus, o Rei de Israel e o Salvador, está presente no meio do Seu Povo, apesar das desordens e pecados do passado.

Na segunda leitura (Filip 4, 4-7) São Paulo reforça que a alegria é uma consequência da nossa fé. O cristão deve vivê-la, mesmo nas horas más, e deve transmiti-la, dando assim testemunho da presença de Deus no mundo.

No Evangelho (Lc 3, 10-18) João Baptista apresenta uma nova forma de conversão: o Baptismo. Este sinal de conversão comunica o princípio de uma vida nova, através da recepção do Espírito, do Amor de Deus.

Vermelho é a cor escolhida para a vela que acendemos nesta terceira semana. Cor da vida, reforça a ideia de que somos templo de Deus, casa do Espírito, devendo assim dar testemunho da Sua presença em nós.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Concerto de Natal

Outra forma de narrar as origens

Quando o Senhor Deus fez a terra e o céu, não havia um único arbusto sobre a terra, nenhuma erva germinava, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para a cultivar. Mas a água nasceu da terra e embebeu todo o solo. Então o Senhor Deus modelou o homem com a poeira tirada do chão; insuflou-lhe nas narinas o sopro da vida, e o homem tornou-se um ser vivo.
O Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente, e aí colocou o homem que havia modelado. O Senhor Deus fez crescer do solo toda a espécie de árvores maravilhosas e com frutos saborosos: também havia uma árvore da vida no meio do jardim, e uma árvore do conhecimento do bem e do mal. O Senhor Deus conduziu o homem ao jardim do Éden para ele o cultivar e guardar. O Senhor Deus fez ao homem este aviso: «Podes comer os frutos de todas as árvores do jardim; mas não poderás comer da árvore do conhecimento do bem e do mal; porque, no dia em que comeres, serás condenado a morrer.»

O Senhor Deus disse: «Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma ajudante semelhante a ele.» Com a terra, o Senhor Deus criou todos os animais dos campos e todas as aves do céu, e colocou-os junto do homem para ver que nomes este lhes daria. Eram seres vivos e o homem deu um nome a cada um. Então, o homem deu os seus nomes a todos os animais, às aves do céu e a todos os animais dos campos. Mas não encontrou nehum ajudante parecido com ele. Então o Senhor Deus fez cair sobre ele um sono misterioso, e o homem adormeceu. O Senhor Deus tirou uma das duas costelas e voltou a fechar a sua carne. Com aquilo que tirou do homem, formou uma mulher e trouxe-a para junto do homem.
O homem então disse: «Esta é verdadeiramente osso dos meus ossos e carne da minha carne! Chamar-se-á: mulher. Por sua causa, o homem deixará o seu pai e a sua mãe, juntar-se-á a sua mulher, e os dois farão um só.» Os dois, homem e mulher, estavam nus, e não sentiam qualquer vergonha um diante do outro. (Gn 2, 4-25)


Porquê duas narrativas de criação?
O Génesis começa por duas narrativas da criação. A primeira mostra um Deus "maestro de orquestra". Ele executa metodicamente a sua obra de criação, e apenas com a sua palavra faz aparecer todas as coisas. A segunda, mais antiga, mostra um Deus artesão, que planta um jardim sobre a Terra e forma o ser humano com as suas próprias mãos, com a argila do solo. Estas narrativas de estilo diferente contam coisas essenciais sobre as origens do mundo e, como tal, julgou-se bem guardá-las. A primeira considera o conjunto do universo, enquanto que a segunda insiste mais sobre a Terra e o ser humano que a cultiva.

Éden - Esta palavra vem de uma lingua antiga, o sumério. Edin significa planície, terreno fértil. É um lugar simbólico, que não podemos situar geograficamente. Designa o jardim perfeito e idílico que Deus ofereceu a Adão e Eva. Hoje, esta palavra permanece na linguagem corrente para designar um lugar paradisíaco.


O Sopro da Vida
Segunda a narrativa bíblica, a criação do ser humano por Deus fez-se em dois tempos. Tal como um oleiro, Deus começa por «modelar» uma forma com a «poeira da terra». O ser humano pertence à terra, e isso é para ele um limite incontornável. Num segundo tempo, Deus comunica-lhe directamente o seu próprio «sopro de vida» para o tornar um «ser vivo». O ser humano também pertence a Deus porque partilha o seu sopro de vida.


Os frutos proibidos
A ideia da árvore do conhecimento do bem e do mal e da árvore da vida não é nova. Vem, certamente, de outras narrativas, mais antigas, em particular das babilónicas. Entre este povo, fala-se de uma árvore da verdade e de uma árvore da vida à entrada do céu. Para os autores da narrativa bíblica, a árvore da vida dá a imortalidade, e Deus proíbe o homem de comer os frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal. Não porque este conhecimento seja mau, mas o problema é o bom ou mau uso que o homem fará desse conhecimento.

Homem e mulher, qual é a diferença para a Bíblia?
No centro da obra de Deus, está o ser humano. A primeira narrativa da criação utiliza o termo «Adão», palavra que desiga a espécie humana em geral. Macho e fêmea pertencem a uma só e única humanidade e são iguais em dignidade. Imaginando que Deus forma a mulher a partir de uma costela do homem, a segunda narrativa diz a mesma coisa: os dois são tecidos da mesma humanidade. Nos dois casos, o homem e a mulher são postos em relação e definem-se pela atracção que têm um pelo outro.


Adão, o primeiro homem?
"Adão" é uma palavra derivada da palavra hebraica adamah, que significa "a terra". Com efeito, Adão não é nem um nome próprio nem um nome de família; é um nome comum.
Das quinhentas e sessenta vezes que aparece na Bíblia, só cinco vezes é usado como nome próprio, o nome do primeiro homem. "Adão" designa a humanidade, quer dizer, o homem e a mulher.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pregação de João Baptista

Foi no ano quinze do governo do imperador Tibério. Pôncio Pilatos era então governador da Judeia, Herodes governava a Galileia, seu irmão Filipe governava a Itureia e a Traconite. Lisânias governava a Abilena. Anás e Caifás eram os chefes dos sacerdotes.

Foi nessa altura que Deus falou no deserto a João, filho de Zacarias.

João foi por todas as terras junto do rio Jordão e pregava assim ao povo: "Arrependam-se do mal e recebam o baptismo para Deus vos perdoar os pecados." Isto aconteceu como o profeta Isaías tinha escrito no seu livro: "Alguém grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor e abram-lhe estradas direitas. Todo o vale será aterrado, todo o monte e toda a colina serão aplanados. Os caminhos tortos serão endireitados e os pedregosos serão arranjados. E toda a humanidade verá a salvação de Deus." (Lc 3, 1-6)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Domingo II do Advento

O tema principal desta semana é a conversão, a preparação para a vinda do Senhor.

Na primeira leitura (Bar 5, 1-9) Deus promete a Israel dias de glória e de bênção, que porão fim ao cativeiro da Babilónia. Os membros do Povo eleito reunir-se-ão em volta de Jerusalém, constituindo uma nova nação, com destino próprio.

Na segunda leitura (Filip 1, 4-6.8-11) São Paulo alegra-se com a cooperação dada pelos cristãos de Filipos na divulgação do Evangelho, recomendado para que continuem a trabalhar na construção da Igreja.

O Evangelho (Lc 3, 1-6) situa-nos perante a pregação de João Baptista, um sermão de penitência para a remissão dos pecados, com vista a preparar os caminhos para a vinda do Senhor.

Amarelo é a cor escolhida para a vela que acendemos nesta segunda semana. Cor da luz, tenta recordar a chama que recebemos no Baptismo, sacramento que nos permite fazer parte do Povo de Deus.